quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Bolero de Ravel - Sergiu Celibidache

Fiquei extasiada quando vi o Celibidache pela primeira vez. Sigo em êxtase a cada vez que o revejo, e reencontro o mesmo fascínio nos olhos dos amigos pra quem já tive o prazer de mostrar essa imensa pérola. 

Muitos me perguntam por que eu ainda não tinha postado esse vídeo. Não tenho resposta para isso. Simplesmente não sentia que fosse a hora. Ainda não me era possível escrever a apresentação digna. Quem acompanha o blog sabe que não se trata apenas de adicionar mais um vídeo. Não, eu me compartilho um pouco através de cada pérola. Acho que estávamos amadurecendo, eu e a pérola.  

Eu tinha pensado em escrever uma breve apresentação biográfica desse incrível maestro. Mas não é isso que importa. O Celibidache não está no blog pelos cargos importantes que ocupou nas mais prestigiadas orquestras da Europa, nem pela profundidade azul-escuro de seus conhecimentos musicais. Na verdade, o deslumbramento está no oposto disso. Ele está aqui pela entrega comprometida a cada nota, pela permeabilidade ao invisível, por algo que está ao alcance de todos, mas que não se ensina e não se aprende: se é.  

Uma vez assisti a uma entrevista em que lhe perguntaram: "como você faz isso?". Com seu inglês macarrônico do leste europeu, o maestro respondeu: "you don't do anything. You let it envolves you".


Sergiu Celibidache conduz a Sinfônica Nacional Dinamarquesa, 1971
  

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